quinta-feira, 30 de julho de 2009

A arte

Estive pensando em muitas coisas esses dias. Não apenas na vida, mas também em qual sentido nós damos a ela. O que buscamos, o que queremos. Estamos sempre querendo alguma coisa, não pelo simples mérito de querer, mas pela busca contínua de nós mesmos. Esse eterno recomeço que é cada dia que nasce.
Pois bem. Por isso pensei na arte. Não, por favor, não vou definir arte, cultura, nada disso. Não tenho gabarito para tal situação. Mas nas possibilidades que a arte permite à vida de qualquer ser humano. E também as limitações e narcisismos que a mesma impõe. Cruel e sanguinária, alguns artistas deixam mesmo a oferecer. Ficam suas obras, mas o narcisismo com que conduzem tais ações é lamentável.
Entrevistei artistas esses dias. De vários setores. E creio que somente a arte, realmente pode redimir e aproximar os homens, torná-lo mais humano, ou melhor, talvez mais próximo do divino.
E foi então que me lembrei do filme "O Sétimo Selo" do Bergman. Ninguém foi poupado. Só os artistas, que eram circenses. Com uma fotografia maravilhosa, Bergman nos põe cara a cara com aquilo que nos torna iguais aos outros: a morte.
só a morte é capaz de nos mostrar que ricos, pobres, artistas ou não, qualquer que seja a nossa condição, ficaremos iguais.
E não sei, isso me fez refletir sobre as mesquinharias que tomamos como caminho na vida. Quem queremos por perto e quem não queremos. Quem a gente sabe que nos quer e quem não nos quer.
E no tanto que esse mundo gira, dá voltas imensas e nos coloca cara a cara com os nossos medos, mesquinharias, nossas misérias humanas.
divagações mesmo.
enfim. sempre é bom quando chove. Sempre.
morte e arte.
mo - rte
a - rte estranhamente, se eu fosse uma grande poeta, daria pra brincar com as palavras morte e arte.
não não. não tenho veia artística para tal.
deixe com quem entende.
- alô, Leminski?
- putz, Lídia...diga aí.
- tudo certo?
- certo? onde?
- sei lá onde...! onde você tá?
- e eu que vou saber?
- enfim, quer brincar com essas palavras?
- quais?
- ei, não tá lendo o blog não? arte e morte.
- ah tá, vi agora.
- e então?
- não estou no espírito para tal.
- sério? caramba...estava confiando que ia fazer algo.
- "arte, morte, marte, sorte".
- aeee....tá vendo?
- o quê?
- vixi...tá longe hoje, hein Leminski?
- Nem me fale, guria...
- enfim, vou desligar então. nos falamos outra hora.
- certo certo...ei, fiquei sabendo que visitou a casa do Haroldo?
- Ah, sim...lugar lindo a Casa das Rosas.
- "a morte ser/ em ar tecer"
- Grande Leminski!
- Guria, fui...depois conversamos...
- Beijos

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