sexta-feira, 27 de março de 2009

De qual herói nós precisamos?

Ao ler a matéria de um bombeiro tailandês que se vestiu de homem-aranha pra salvar uma criança autista de cair do parapeito de um prédio, descobri que a vida nos surpreende.
Pra mim, a foto mais bonita que vi no ano até agora.
Os heróis ainda existem. Não aquele herói mítico, mas o herói da pós-modernidade que consegue enxergar no outro exatamente o que precisa ser enxergado, e dar a ele, ao outro, mais do esperança. Dar colo, dar segurança.
O mundo precisa de mais heróis. Desses de carne, osso e coração. Que te salvam no momento exato, não de bichos horripilantes, mas de monstros internos. E eles te salvam muitas vezes com um abraço, um olhar ou uma palavra. Certeira. Que te convence que a vida é bem maior.
Minha reverência ao bombeiro tailandês Sonchai Yoosabai.
E ao sorriso da criança que está mais bonito ainda no olhar....

terça-feira, 24 de março de 2009

filosofia nos momentos de trânsito

Segundo a Lú, a grande estrela de luz, há momentos em que devemos filosofar. Ir pra faculdade de carro em meio a um trânsito maluco de carros lentos, acelerados demais, busões malucos e motocicletas que parecem fazer piruetas (acham que estão no globo da morte) é um desses momentos.
E foi em uma situação como essa que vimos uma mobilete muito louca. Antigona mesmo que nos remeteu a uma idéia de passado mais do que distante.
- nossa, mobilete....quem diria que iríamos ver uma por aqui? - eu
- é, a mobilete é um liquidificador que anda... - Estrela
- !!! - eu
e não é que é? e eu que sempre achei que teria uma na vida. passou rápido a vida. ainda não tenho um liquificador. nem uma mobilete.

domingo, 22 de março de 2009

Angeli

Estamos ficando cada vez mais pedra. Estáticos em relação à realidade. Medo? Absurdo. Caminhando para uma sociedade desigual, violenta e com esperança em nós mesmo. Centrados em nós. A famigerada democracia capitalista. Os direitos do "cidadão consumidor". Arte de museu, finalmente. E ainda bem que temos um Angeli, que com uma dose de ironia e sarcasmo, nos faz doer na carne e nas idéias, um desenho que pode ser cartum. É atemporal. Daqui a 10, 20, 30 anos veremos a mesma coisa. (!) (?) Se ainda quisermos enxergar algo...

domingo, 15 de março de 2009

Vera Alice

E então que Vera Alice arrumou um lar. Um lar de verdade com tudo o que sempre sonhou: cama, colchão e atenção. Andaluz dormia com ela todas as noites.
A vida na fazenda não era nada difícil. Pelo contrário, dormia cedo e acordava mais cedo ainda, mas com um brilho nos olhos que ninguém conseguia tirar. Vera Alice sempre foi uma menina mais do dia do que da noite, gostava de aproveitar a luz do Sol para ver as coisas com outros olhos, com várias cores.
Ficava ansiosa pela luz do entardecer nos dias de inverno na fazenda: era uma luz linda e pura que deixava o verde mais verde ainda e seu coração cheio de esperança. Vera Alice tinha saudades de casa sim, como qualquer pessoa, mas encontrou um lar tão bom nessas andanças da vida, e o melhor, encontrou-se consigo mesma em seu coração, que acalmou, que estava em paz.
Andaluz lhe acompanhava sempre, o que deixava Vera Alice ainda mais feliz. Foi então, que em uma dessas coincidências do destino, encontrou um amigo na estrada que dava para a fazenda. Um amigo novo, mas que lhe era antigo de alguma forma, tal era a intimidade de ambos.
Conversaram, trocaram confidências e conheceram as melhores partes da fazenda: aquele barranco do qual dava para pular no monte de areia, a roda d'água, a grama que sempre ficava molhada e a mangueira sempre carregada.
Vera Alice estava mais do que feliz, apesar do vazio que ainda lhe tomava o peito. Era um vazio agudo, disfarçado em um olhar brilhante, mas dolorido.
Anos se passaram e Vera Alice estava na fazenda. Mas então que seu coração resolveu palpitar novamente: era hora de ir. O amigo que encontrou também lhe dizia isso:
- Vá, vá Vera Alice, seu mundo não esse... você já aprendeu aqui o que tinha para aprender aqui...vá! Queira mais, o mundo é grande....!
E então que foi. Pegou o Andaluz, despediu-se do seu quarto, do seu colchão e de toda atenção que recebera. Deixar algo tão certo para trás é triste, sem dúvida. O que lhe dava alegria era o desconhecido que estava por vir. Aquele desconhecido que lhe enchia de esperança pela novidade, pelo desafio.
De longe, o amigo lhe acenava forte...
E lá foi ela. Estrada afora.
Ainda tinha muito o que caminhar.

quarta-feira, 4 de março de 2009

saudações à falta de memória

Bem, estou com muitas coisas por fazer. Mas não pude deixar de postar esta matéria.
Quando eu acho que o mundo está realmente perdido, algumas situações surgem me confirmando uma paralisia cerebral que vem a galope, dificultando o processo de refletir sobre a realidade.
Agora, não sei se essa paralisia é apenas minha ou se realmente as pessoas fazem isso de propósito. Sim, a cara-de-pau é tanta que não vai dar o óleo de peroba....
por favor, não se esqueçam das histórias, do passado de TODOS. isso vai ajudar a imaginar tudo que ainda está por vir...
Collor derrota PT e se elege presidente da comissão de infraestrutura Ex-presidente derrotou a senadora Ideli Salvatti (PT-SC).Com menor bancada, PTB contou com apoio de PMDB e DEM.
O senador Fernando Collor (PTB-AL) foi eleito nesta quarta-feira (4) presidente da Comissão de Infraestrutura da Casa. Ele derrotou por 13 votos a 10 a senadora Ideli Salvatti (SC), indicada pelo PT. A vitória de Collor é resultado do acordo que permitiu a eleição de José Sarney (PMDB-AP) para a presidência da Casa derrotando Tião Viana (PT-AC). Dono da quarta maior bancada na Casa, com 13 senadores, o PT reivindicava a presidência da comissão de infraestrutura após PMDB, DEM e PSDB terem feito suas escolhas. O PTB, no entanto, contou com o apoio de PMDB e DEM e venceu apesar de ter apenas sete senadores. Collor justificou sua candidatura dizendo que a regra da proporcionalidade não é estática e depende de acordo. “Se este parlamento decide suas questões pelo voto, se é pelo voto que se constrói e se consolida o sistema democrático, nada impede a disputa”.