eu fiz isso ontem...
Um dos meus filmes preferidos, Cinema Paradiso (1988 - Giuseppe Tornatore), voltou ao meu pensamento esses dias. Estive conversando com o Mauro que é um dos responsáveis pela distribuição dos filmes nas salas de cinema do shopping. Discutimos sobre vários assuntos, desde a questão "filme do Lula" até a importância de se ver e conhecer Chaplin.
Enfim que foi produtivo. Ao sair, antes de ir embora eu perguntei:
- Mauro, tenho curiosidade em conhecer como se faz projeção de cinema. Posso vir conhecer um dia?
- Quando vc quiser.
Brilho.
Cheguei no jornal com uma ideia fixa: fazer uma pauta sobre as modernas projeções de cinema. O hoje versus o ontem. Como funciona?
E lá fui eu.
- Alô, Mauro? É a Lídia de novo. Tudo bem? Pode falar um minutinho?
- Oi Lídia, claro.
blá blá blá.
- Só marcar. Venha aqui conhecer, aliás, acho que vc vai gostar mto já que o João, o nosso projetista que vc conhece, era o operador cinematográfico (que é como chama quem passa o filme) do Cine Peduti, há mais de 25 anos. Tem história pra contar.
Briho de novo.
Pauta marcada, horário agendado.
- Oi João!
- Oi Lídia, quer falar com o Mauro?
- Também. Mas principalmente com vc.
- Comigo?
- É querido, já to sabendo da sua história de vida. Projetista então, hã? Como escondeu isso de mim?
Ele riu gostoso.
- Vou te alugar hoje.
Entramos nas projeções, era 17 horas. Um mundo à parte. Mesmo. Rolos antigos e atuais, histórias, histórias e histórias. Como funciona um filme. A parte do som. Rebubinando. As latas novas. As salas de cinema vistas de cima. Equipamentos imensos. Os equipamentos antigos no coração.
As lâmpadas lumiére. O trailler em película. Uma bobina imensa de filme. História, história e história.
- Lídia, tem o Carlitos que foi operador cinematográfico desde o Cine Marília.
- Não creio.
- Quer falar com ele?
- Pra ontem, João.
Acho que essa matéria vai render horrores. Estou encantada.
Assim que ficar pronta, posto no meu outro blog: http://www.culturajm.blogspot.com/
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