sábado, 10 de dezembro de 2011

Cores

Foi quando as mãos se transformaram em dois pincéis. Desses pincéis grandes, cheios de cerdas. Não havia controle dos braços. As pernas, os movimentos e a mente agoram seguiam outro ritmo, outro sentido. Pintava as cores que apareciam nos pensamentos.
E ia pintando sem parar pelos espaços vazios que preenchiam a falta cheia que tinha dentro de mim. Ia pintando as paredes. E havia uma parede minha. Só minha.
A parede que permeava o mundo.