terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A vida segundo C. L.

“Eu disse a uma amiga: — A vida sempre superexigiu de mim. Ela disse: — Mas lembre-se de que você também superexige da vida. Sim.” E como ser diferente? mergulhar em si mesmo talvez seja o mais profundo e absissal sofrimento. E também o mais divino perdão. Perdoar não no sentido cristão, mas no sentido de sentir a si mesmo como um ser humano, alguém capaz de erros tão incomuns quanto uma chuva de sapos. Ao não exigir muito da vida não deixamos de nos levar a sério. Não. Apenas nos deixamos sentir o que a vida nos apresenta. E isso é raro. É o mais raro. A paixão é uma dor tão forte, mas tão forte que parece que vai nos sufocar na falta do outro. E o outro muitas vezes somos nós mesmo. Entender não é o mais importante. E aprender isso com 30 anos é o maior presente que se pode ter. Superexigir-se menos. Da vida, do outro, de si. C.L.

Um comentário:

Katrina disse...

de que livro é essa passagem?
;*