segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

o tango: o inferninho, seus prazeres e suas lições

era três e meia da tarde. a sessão do cinema começava às quatro e quinze. ainda tinha tempo.
estava passando uma temporada em Buenos Aires. Fui dar uma volta para conhecer melhor a cidade.
Enquanto andava tranquilamente pelas ruas argentinas, um cidadão me abordou perguntado se que queria conhecer o verdadeiro "tango" argentino. Mais do que depressa, aceitei e lá fui eu com o camarada.
Entrei no local, parecia um porão. Mas ainda assim, me era interessante. Como sou curioso por natureza, resolvi enfrentar e me deixar levar. Sem dar tempo de dar conta de mim, estava sentado no sofá do muquifinho com duas putas ao meu lado. duas boas putas. uma insistia em pedir o meu nome e me passava as mãos na coxa. outra, me lambia a orelha e o pescoço.
chega uma senhora e me coloca uma coca-cola na mesa. eu não havia pedido nada, mas, fazer o quê? já estava me deixando levar por aquelas tentações e prazeres. ainda não tinha visto nada de tango. muito de tanga. mas de tango, nada.
quando eu estava quase me deixando levar a senhora me veio cobrar a coca.
- 25 pesos.
- hã? - pensei comigo que se não pagasse teria problemas sérios - si si....
- e más 50 pesos pelas chicas....
- si si....
só falava isso. me passei por um turista canadense que falava "pouquíssimo" espanhol.
Perguntaram se eu tinha mais dinheiro. Eu não tinha nada. E insistiram que eu haveria de ter. uma das meninas então foi escalada para ir comigo ao caixa eletrônico. saímos e lá fomos nós, eu, acompanhado de uma puta maravilhosa, tirar dinheiro do banco.
dei uma de perdido e saí fora. afinal, ainda dava tempo de pegar a sessão do cinema. e uma puta sozinha não faz verão.
paguei 75 pesos por uma coca que não bebi e uma lambida na orelha.
não é pouca coisa, não.
mas foi bom conhecer o inferninho argentino. tive sorte de não ter me acontecido nada de pior.
contudo, um conselho: nunca conheça um inferninho sem referências anteriores. e nunca deixe uma puta te lamber a orelha sem perguntar quanto é.
ah, sim. o filme...
foi bom.
tive uma sessão de cinema diferente...assisti "CHE".
que também deve ter conhecido vários inferninhos.
* a pessoa com quem aconteceu a história, não quer divulgar o seu nome. mesmo por que, por ter pago um valor e não ter ususfruido do serviço, o cidadão acredita na repressão masculina....

Um comentário:

Ronedor disse...

huahuahauhauhauhauhauhauhaua.
lìdia, tou morrendo de calor e de suadas saudades em asunción.