
Foi então que Vera Alice descobriu o quintal. E saiu a explorar o que econtrava lá, desde bichos até as plantas.
E assim viu uma árvora perdida no fundo, lá, sozinha, esperando....a árvora fazia sombra para uma antiga cadeira, que enferrujada, abrigava apenas uma teia de aranha.
A árvore era de fruta e tinha já, naquela primavera, um aspecto carregado. Vera Alice subiu na árvore e pegou a fruta. O cheiro era bom e com as mãos, arrancou uma e na unha mesmo abriu. Degustou a fruta lambendo os beiços. Aquele sabor, azedo e doce ao mesmo tempo, lhe trazia um conforto. Distante.
- Vera Alice! Desce daí, menina!
- Ah, mais já?
- É perigoso!
- Perigoso? Só isso?
Para ela, perigoso era não ter mais aquela sensação....
Nenhum comentário:
Postar um comentário